Ubirajara (José de Alencar, 1874)

Mas já?? Sim, eu leio rápido.

77 páginas me conduziram para a história do guerreiro Ubirajara, que tem seu nome modificado várias vezes durante o livro, que é forte e exemplar em sua tribo.  Criado no mesmo ano que foi produzido uma das grandes obras, Senhora, este mantém o ritmo e algumas lembranças do que foi Iracema, tendo algumas peculiaridades. A primeira delas, já deixei claro, o foco é o guerreiro, e não mais a mulher virgem. Além disso, acho que os personagens dessa última história são um pouco mais leves e sua escrita menos poética em sua totalidade. Todavia, está repleta de significados e, principalmente cantos, o que empodera a ficção.

O personagem principal era noivo de uma virgem, chamada Jandira, mas ele começou a sonhar com outra Índia, a Araci, de outra tribo. Assim, a priori abandonou a primeira noiva e foi para a outra terra para conquistar essa nova amada. No meio do caminho, lutou com um outro guerreiro chamado Pojucã e o derrotou. Ao chegar a terra de Araci, foi muito bem recebido pelo povo , principalmente pelo pai da moça, e teve que participar de um torneio para conseguir a nova virgem em casamento – e conseguiu. Porém, ao final das lutas, quando receberia a noiva em suas mãos, o pai finalmente decide conhecer de quem seria sogro e, para a infelicidade do guerreiro Ubirajara, este também era pai do guerreiro que havia derrotado, o Pojucã. Isso causa uma guerra entre as tribos, e familiar sem dúvida. A história entra em seu clímax ao tentar lidar com essa história – Itaquê, que era o pai, ficava dividido em dar a sua filha como esposa para o merecido guerreiro que era, ao mesmo tempo, quem massacrou o próprio filho.
É uma leitura bem dinâmica, dramática e tem muitos elementos da cultura indígena que fazem intercessão com a história de Iracema. Tem também um fluxo de acontecimentos que possibilita que o leitor entre na história e não fique monótono, como me aconteceu com A normalista. Mesmo assim, não tenho como dizer se gostei ou desgostei. Talvez a melhor expressão seja agradável para o momento.

Minha próxima leitura vai ser SURPRESA!
Dicas: é bem mais contemporâneo, é conhecido e muitas pessoas desejariam que o livro estivesse na lista.

Enfim, boas leituras e tragam as suas opiniões! :)

Abraços. 

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