77 páginas me conduziram para a
história do guerreiro Ubirajara, que
tem seu nome modificado várias vezes durante o livro, que é forte e exemplar em
sua tribo. Criado no mesmo ano que foi
produzido uma das grandes obras, Senhora, este mantém o ritmo e algumas
lembranças do que foi Iracema, tendo
algumas peculiaridades. A primeira delas, já deixei claro, o foco é o guerreiro, e não mais a
mulher virgem. Além disso, acho que os personagens dessa última história são um
pouco mais leves e sua escrita menos
poética em sua totalidade. Todavia, está repleta de significados e, principalmente cantos,
o que empodera a ficção.
O personagem principal era noivo
de uma virgem, chamada Jandira, mas
ele começou a sonhar com outra Índia, a Araci,
de outra tribo. Assim, a priori abandonou a primeira noiva e foi para a outra
terra para conquistar essa nova amada. No meio do caminho, lutou com um outro
guerreiro chamado Pojucã e o
derrotou. Ao chegar a terra de Araci, foi muito bem recebido pelo povo ,
principalmente pelo pai da moça, e teve que participar de um torneio para conseguir a nova virgem em casamento – e conseguiu.
Porém, ao final das lutas, quando receberia a noiva em suas mãos, o pai
finalmente decide conhecer de quem seria sogro e, para a infelicidade do
guerreiro Ubirajara, este também era pai
do guerreiro que havia derrotado, o Pojucã. Isso causa uma guerra entre as tribos, e familiar sem
dúvida. A história entra em seu clímax ao tentar lidar com essa história – Itaquê, que era o pai, ficava dividido
em dar a sua filha como esposa para o merecido guerreiro que era, ao mesmo tempo,
quem massacrou o próprio filho.
É uma leitura bem dinâmica, dramática e tem muitos elementos
da cultura indígena que fazem intercessão com a história de Iracema. Tem
também um fluxo de acontecimentos
que possibilita que o leitor entre na história e não fique monótono, como me
aconteceu com A normalista. Mesmo assim, não tenho como dizer se gostei ou
desgostei. Talvez a melhor expressão seja agradável
para o momento.
Minha próxima leitura vai ser SURPRESA!
Dicas: é bem mais contemporâneo, é conhecido
e muitas pessoas desejariam que o livro
estivesse na lista.
Enfim, boas leituras e tragam as
suas opiniões! :)
Abraços.
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